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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Atlético perde em Liverpool mas garante final



O At. Madrid perdeu em Liverpool, mas garantiu a presença na final da Liga Europa com um golo de Fórlan no prolongamento, nesta quinta-feira, na segunda mão das meias-finais. Os espanhóis foram heróicos, tiveram José Antonio Reyes em destaque, com Simão a titular, e chegam à quinta final europeia da história do clube!

O Liverpool começou a pressionar desde o primeiro segundo. Benayoun colocou De Gea à prova logo no minuto inicial, e os ingleses soltavam o inferno em Anfield. A pressão inglesa ia e vinha como a maré, ou seja, não era constante. Por isso, o Atlético teve até nesgas para espreitar o golo, que surgiu aos 44 minutos. Para o Liverpool, porém.

Aquilani finalizou de forma soberba o cruzamento de Benayoun, colocava justiça no marcador e empatava a eliminatória em cima do intervalo.

Os espanhóis voltaram bem melhores no segundo tempo. O Atl. Madrid teve posse de bola, controlou o encontro e parecia apostado em jogar o prolongamento. Daí que até final dos 90 minutos o marcador não se tenha alterado. Depois, tudo mudou.

Num jogo louco, Benayoun colocou os «reds» com um pé na final de Hamburgo. Mas o golo do israelita surgiu demasiado cedo e havia tempo para a equipa de Quique Flores reagir. Ainda antes do fim do primeiro tempo do prolongamento, Reyes descobria Forlán e o uruguaio, que já marcara em Madrid, fazia uma rasteira aos ingleses e metia o Atlético na final com o Fulham.

Simão Sabrosa teve depois uma oportunidade de ouro para acabar com a eliminatória, mas o português, em noite de muito suor e pouca inspiração, atirou por cima. A festa soltou-se após o apito final e Quique Flores devolve o clube a um final europeia 24 anos após a última, esta numa competição já extinta, a Taça das Taças.

Os colchoneros buscam agora o segundo título europeu da história, de novo com um português na equipa. Em 1961/62, na Taça das Taças, Jorge Mendonça foi o autor de um dos golos com que o Stl. Madrid derrotou a Fiorentina (3-0), em finalíssima da prova, depois de um empate a um golo na final. Curiosamente, a conquista deu-se na Alemanha, depois do tal empate na final ter sido em Glasgow.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Seleção Nacional é a 3.ª melhor do mundo


A mês e meio do arranque do Mundial'2010, Portugal ocupa pela primeira vez o pódio da classificação da FIFA, sendo apenas superado por Brasil (1.º) e Espanha (2.º), que trocaram de posições.
Portugal, que tinha como melhor registo o quarto lugar, em março de  2001, janeiro e fevereiro de 2002 e março de 2010, ultrapassou a Holanda, passando a contar 1.249 pontos, contra 1.221 da formação "laranja".
A subida da formação das "quinas" tem a ver com os pontos de março de 2009, que "caíram", pois não disputou qualquer encontro, oficial ou particular, desde a publicação do último "ranking", a 31 de março.
A tabela tem também um novo líder, já que o pentacampeão mundial Brasil voltou a ultrapassar a Espanha, que liderava desde novembro de 2009, passando de uma desvantagem de 13 pontos para uma vantagem de 46 (1.611 contra 1.565).
No "top 10" registaram-se ainda mais alterações, com as subidas de Argentina (9.ª para 7.ª) e Croácia (10.ª para 9.ª) e as descidas de Inglaterra (7.ª para 8.ª) e França (8.ª para 10.ª).
"Ranking" da FIFA de 28 abril de 2010 (classificação a 31 de março):
1. (2) Brasil 1.611 pontos
2. (1) Espanha 1.565
3. (4) Portugal 1.249
4. (3) Holanda 1.221
5. (5) Itália 1.184
6. (6) Alemanha 1.107
7. (9) Argentina 1.084
8. (7) Inglaterra 1.068
9. (10) Croácia 1. 052
10. (8) França 1.044

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Benfica conquista título europeu inédito

O dia em que se comemora a liberdade vai ficar para a história do futsal do Sport Lisboa e Benfica. Neste domingo, a equipa “encarnada” sagrou-se campeã europeia ao vencer o Interviú Madrid na final da edição 2009/2010 da UEFA Futsal Cup. O feito histórico foi conseguido no prolongamento, graças a um golo de Davi.

É verdade que o primeiro lance de registo pertenceu ao Interviú, num remate à malha lateral de Betão (4’). No entanto, a primeira oportunidade “encarnada” foi bem mais clara. Após um bom trabalho individual, Ricardinho surgiu frente a Luís Amado, tentando-lhe fazer um chapéu, mas o guarda-redes travou o lance de génio com uma boa defesa (5’).


Mas foi mesmo a formação espanhola a chegar primeiro golo. Marquinhos, aos sete minutos, marcou após uma boa iniciativa individual. Depois só deu praticamente Benfica e guarda-redes do Interviú. Luís Amado parou os remates de Arnaldo Pereira (8’), César Paulo (10’) e Davi (11’). Do lado contrário, Borja assustou com um remate ligeiramente ao lado (9’).

Os pupilos de André Lima chegaram mesmo ao empate. Na marcação de um livre, Ricardinho colocou a bola em Joel Queirós e este aproveitou para bater finalmente o guardião do Interviú. Estavam decorridos 12 minutos.

Depois de Luís Amado ter estado em destaque no Interviú, foi a vez de Bebé brilhar na baliza do Benfica. Os remates de Torras e Betão, ambos aos 15 minutos, e de Neto (18’ e 19’) e Daniel (19’) foram bem parados pelo guardião benfiquista. No meio destas oportunidades dos espanhóis, o Benfica também podia ter marcado por César Paulo. Luís Amado defendeu o remate do brasileiro aos 16 minutos.

O início do segundo tempo do Benfica não podia ter sido melhor, já que Arnaldo Pereira conseguiu bater Luís Amado após um passe de César Paulo (22’). No minuto seguinte, Joel Queirós atirou duas vezes ao lado e falhou, assim, a possibilidade de fazer o 3-1.

O Interviú conseguiu depois chegar à igualdade num toque subtil de Betão (24’), sendo que Schumacher ameaçou fazer o 2-3 no minuto seguinte. O esférico passou felizmente por cima da barra.

Com o forte apoio do público, o Benfica voltou ao ascendente no encontro. Foi um período de autêntico massacre à baliza de Luís Amado, que esteve novamente intransponível. Exemplo para as defesas aos remates de Joel Queirós (27’ e 30’), Davi (28’) e Arnaldo (30’).

Depois de um primeiro de algum equilíbrio, o Benfica voltou à carga. César Paulo teve mesmo uma grande oportunidade para fazer o 3-2, mas o chapéu a Amado foi bater caprichosamente na barra (36’). Passados alguns segundos foi a vez de Arnaldo ver o guarda-redes do Interviú evitar o golo “encarnado”.

O campeão europeu só criou perigo no último minuto do desafio, mas Bebé voltou a estar em grande plano, defendendo bem um livre de Neto e um remate de Schumacher.

Davi marca golo histórico

Com o empate no tempo regulamentar, a partida foi para prolongamento. Na primeira parte, o Benfica dominou por completo e marcou um bom golo por intermédio de Davi (3’). Só não foram mais golos porque César Paulo acertou na malha lateral e Ricardinho na trave, isto para não falar de duas boas defesas de Amado, precisamente a remates de Ricardinho. O Interviú só conseguiu incomodar Bebé antes do golo da Davi. Foi numa iniciativa de Betão.

Na segunda parte do tempo extra, o Interviú arriscou no cinco para quatro, mas o Benfica conseguiu controlar as acções do adversário e segurar, assim, o precioso resultado.

Depois de ter perdido com o Interviú na final de 2004, o Benfica alcançou o feito histórico que tanto procurava desde então. Uma conquista que jamais será esquecida pelos 9.400 espectadores que marcaram presença no Pavilhão Atlântico.


domingo, 25 de abril de 2010

Sábado gordo à espera de um domingo de festa

O Benfica goleou o Olhanense por 5-0, superou a missão rumo ao título e resta-lhe esperar por um resultado inferior do Sp. Braga na Figueira da Foz para saber se faz a festa neste domingo. Nove pontos de vantagem com duas jornadas por disputar deixam apenas dúvidas matemáticas quanto ao sucessor do F.C. Porto, tudo para apurar antes do clássico do Dragão. O Olhanense continua a depender de si para garantir a manutenção.

Uma grande penalidade assinalada logo aos três minutos abriu caminho à vitória dos encarnados, mas também não ofereceu contestação. Delson cortou o remate de Weldon com o braço e Cardozo não desperdiçou a oportunidade de consolidar uma luta individual. Seis minutos depois, tudo ainda mais fácil para o Benfica com a expulsão de Delson, que viu o segundo amarelo após entrada duríssima sobre Di María. Foi o início de uma longa história... de golos.


Jogar antes do Sp. Braga permitia ao Benfica encarar o jogo com outra tranquilidade, apesar de o risco de a cabeça estar no adversário ser inevitável. Assim não aconteceu e Aimar teve um contributo de peso nesta orientação. Ao empurrar consigo a equipa, passou a haver apenas um jogo na Luz.
Com Saviola, de volta após cinco jogos de ausência, e Maxi no banco, Weldon e Ruben Amorim foram apostas de Jorge Jesus. O camisola 30 precisa ainda de recuperar a forma e o uruguaio aproveitou para descansar antes da jornada no Dragão. Já Jorge Costa fez três alterações, duas forçadas devido aos castigos de Ventura e Tengarrinha. Entraram Bruno Veríssimo e Anselmo e por opção Greg, com Paulo Sérgio a sentar-se no banco.


O segundo golo logo aos 18 minutos terminou com as poucas aspirações que o Olhanense pudesse ainda ter por esta altura. Um grande passe de Aimar descobriu Di María no lado oposto, que, por sua vez, descobriu o fundo das redes de Bruno Veríssimo. A meio da primeira parte, os adeptos faziam já a onda nas bancadas.
Construída a vitória no primeiro tempo, serviu o segundo para confirmar Cardozo como melhor marcador do campeonato, com 24 golos, mais um que Falcao. Um bis, depois da grande penalidade, empurrou-o para o topo, em apenas dois minutos (54 e 56). E em ambos brilhou Di María na assistência.
Jorge Jesus aproveitou, então, para refrescar a equipa e dar minutos a Saviola e Maxi (e mais tarde Nuno Gomes). A vitória estava longe de correr risco, num jogo fácil para os encarnados. Jorge Costa optou por poupar Djalmir e Ukra.
A caminho do fim, o prémio merecido para Aimar, apesar da contestação de Castro. O médio atirou contra o camisola 10, que agradeceu a assistência e fechou o marcador.
Mais de 62 mil festejaram a goleada do Benfica, num sábado que assinalou a passagem de mais de um milhão de adeptos pelo Estádio da Luz nesta época e que pode ter determinado o 32º campeonato título nacional. Domingo nunca mais chega...

Benfica vs Olhanense

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais um festejo inovador

As celebrações parecem ser o forte da Liga dinamarquesa de futebol. Depois de Fetai deixar KO os colegas de equipa e levar um tiro ao celebrar um golo, é a vez de Ken Ilso inovar.

O FC Midtjylland bateu-se em casa com o FC Copenhaga na passada jornada da liga dinamarquesa, num encontro que acabou com a vitória caseira por 3-2. Ken Ilso, jogador da equipa visitada marcou o 2-0 para o seu clube, e festejou de uma forma original.
O atleta dinamarquês fez questão de inventar um festejo diferente, competindo com a celebração de Fetai. Ao contrário do israelita, Ilso não trouxe a violência ao barulho. Preferiu antes derrubar os colegas de equipa, que personificavam pinos de bowling. Palavras para quê?

Como fazer os adeptos esquecer um golo sofrido...em segundos!

Qual o melhor remédio para curar as feridas de um golo sofrido? Logicamente, marcar um golo. Quanto mais rápido melhor. E foi assim que fez o Independiente, da Argentina, no duelo com o Banfield, da última ronda do Torneio Clausura.

O Independiente, com o ex-portista Lucas Mareque no onze, tinha-se adiantado no marcador por intermédio de Silvera. No entanto o Banfield, onde actua o benfiquista Schaffer, que não foi opção, empatou. Ramirez fez o golo e lançou a euforia entre os adeptos da casa.
No entanto, a alegria foi breve. Muito breve digamos. Ainda havia adeptos do Banfield com os braços no ar e o Independiente já estava, de novo, na frente do marcador. Bola ao centro e remate certeiro de Gracían. A própria televisão que transmitia o jogo foi apanhada de surpresa, ficando o momento do golo ocultado pela repetição dos festejos do Banfield.
O Independiente viria, ainda, a fazer o 1-3, mas foi o golo de Gracían o verdadeiro momento da partida.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Na Dinamarca festejam golos à pancada e ao tiro

Na última jornada da liga dinamarquesa, Silkeborg e F.C. Nordsjaelland defrontaram-se num jogo que acabou com o resultado em 4-1, com a vitória a sorrir aos segundos. Mas o que mais fez sorrir os adeptos foi o festejo de Bajram Fetai.

O jogador trocou as cores do Silkeborg pelas do Nordsjaelland e marcou à antiga equipa. O 3-1 para o F.C. Nordsjaelland teve direito a um festejo verdadeiramente especial e inédito. Bajram Fetai foi bastante surpreendente na celebração. O jogador foi deixando KO os colegas de equipa, antes de «levar o tiro» que o deixou arrumado.
Veja o momento no mínimo, engraçado.

Inter bate Barcelona por 3-1

O Inter venceu o Barcelona, em San Siro, na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, numa grande exibição dosnerazzurri. Os italianos ganharam por 3-1, com golos de Sneijder, Maicon e Milito, depois de os campeões europeus se terem adiantado por Pedro Rodriguez e levam vantagem importante para o jogo de Camp Nou.



Para além da grande exibição dos italianos, a arbitragem do português Olegário Benquerença não escapou às críticas dos catalães: o terceiro golo da equipa de José Mourinho gerou polémica, com Milito a cabecear para a baliza em posição irregular. O Barça queixou-se ainda de duas decisões do juiz na área do Inter, com destaque para um derrube de Sneijder a Daniel Alves, nos minutos finais, que o árbitro considerou ter sido simulado pelo brasileiro.
Polémicas à parte, foi um grande jogo, como se esperava. Talvez não se esperasse, porém, uma actuação tão categórica do Inter, que respondeu bem à pressão inicial do Barcelona e nem se deixou afectar pelo golo de Pedro Rodríguez, logo aos 19 minutos.
O Barça abriu o marcador na primeira oportunidade de que dispôs, com Maxwell a escapar-se pela esquerda e a cruzar atrasado, para a conclusão de Pedro. Por essa altura, já o Inter se tinha revelado mais ameaçador, com Milito a ser travado por um fora-de-jogo mal assinalado e, depois, a perder o primeiro duelo com Valdés, rematando ao lado.
A reacção do Inter foi empolgante, e já depois de Lúcio e Milito terem falhado duas boas ocasiões, foi o holandês Sneijder a repôr a igualdade, aproveitando a assistência de Milito, que começava nesse lance a redimir-se do desperdício inicial.
O intervalo já trazia um Inter mais dominador, e o recomeço dos italianos foi um arraso: logo aos três minutos, Milito cruzou na direita para a conclusão vitoriosa de Maicon, que entrou no espaço aberto por Etoo.
O grande jogo do Inter notava-se em termos defensivos (o veterano Zanetti fez um jogo colossal perante Messi) mas também nas saídas rápidas para o ataque, com Milito a pôr em respeito toda a defesa catalã. Já depois de Puyol ver um amarelo que o afastava da segunda mão, foi Milito a fixar o resultado, concluindo de cabeça uma jogada entre Etoo e Sneijder.
Jogando nos limites do desgaste, o Inter impedia Xavi de pensar o jogo catalão. Depois, a dupla marcação a Messi retirava imprevisibilidade ao ataque culé, que ainda assim empurrou o Inter para a sua grande área em 15 minutos finais de sufoco.
Nessa altura, valeu o acerto de Samuel e Lúcio, que com cortes providenciais evitaram o golo dos catalães, mantendo a vantagem preciosa para uma segunda mão em que o Inter também não poderá contar com Stankovic, que viu o cartão amarelo.

Maicon

terça-feira, 20 de abril de 2010

Adeptos reservam Marquês

O Benfica ainda precisa de quatro pontos para comemorar o título de campeão nacional, mas os adeptos encarnados já sonham com a festa no Marquês de Pombal. Um pequeno grupo decidiu mesmo avançar com os preparativos, e colocou uma tarja no momento central da praça, com o símbolo do clube a palavra «Reservado».

A tarja foi colocada durante a madrugada, e ao início da manhã ainda estava afixada no monumento que costuma acolher as comemorações dos adeptos lisboetas, sempre que as suas equipas conquistam um título. Pela hora de almoço já tinha sido retirada.
Os autores da «brincadeira» fizeram um vídeo que mostra a colocação da tarja. Veja as imagens:

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Festejou na bancada errada e não se deu bem!

O título aqui tão perto

Cheirou a título em Coimbra. O Benfica continua a responder às vitórias do Sp. Braga na mesma moeda e, agora, basta-lhe somar mais três pontos no próximo sábado, frente ao Olhanense, e esperar por uma escorregadela dos minhotos na Figueira. Se assim acontecer, o título ficará entregue, se não for assim, fica tudo novamente adiado, para o Dragão.

Em mais um jogo em casa, tal a impressionante moldura de apaniguados do clube da águia nas bancadas, a equipa de Jorge Jesus somou a oitava vitória consecutiva, colocando os estudantes ainda a suspirar pela manutenção, com cinco pontos de vantagem para o Leixões e uma escaldante deslocação precisamente a Matosinhos na próxima ronda. E vão sete jogos sem vencer.
A entrada do Benfica não podia ter sido mais poderosa, empurrando a Académica para a sua defesa e não a deixando praticamente sair da área - pelo meio houve dois cantos - até ao golo de Weldon, com muitas culpas para a defesa da casa, saliente-se. Os estudantes acusaram sobremaneira os primeiros momentos da partida e bastou aos da Luz encostar o adversário às cordas para conseguir frutos praticamente de imediato.


O início fulgurante não teve, todavia, sequência. A Briosa teve, assim, tempo para se endireitar e espraiar o seu futebol pelas laterais, com destaque para a velocidade de Sougou. Depois de uma ameaça de Luiz Nunes, num cabeceamento que proporcionou grande defesa a Quim, e de mais uma perdida do senegalês, chegou ao empate. O remate de Diogo Gomes, que domina a bola entre o peito e ombro, sofre um desvio e trai Quim. Voltava tudo ao início.
Nuno Coelho teve a reviravolta na ponta do pé direito mas a bola subiu demasiado, num curto período de desorientação dos comandos de Jorge Jesus, que voltaram a assentar jogo para acelerar rumo à baliza de Nereu. Weldon não conseguiu o bis à primeira, mas à segunda, num lance de insistência fez melhor do que Cardozo e recolocou os encarnados em vantagem, pouco antes do apito para o intervalo.
O técnico benfiquista procurou gerir o resultado e a equipa na segunda parte, vendo a equipa da casa crescer. O melhor termo é mesmo esse quando a defesa da Luz viu Éder subir mais alto do que todos e cabecear a rasar o poste esquerdo da baliza de Quim. Na resposta, Di Maria, isolado, podia ter acabado com a ansiedade das bancadas mas rematou fraco. E o que dizer da bomba de Carlos Martins, de fora da área, que esbarrou no poste com Nereu completamente batido?

O Benfica justificava o terceiro, o golo tardou mas não falhou. Novamente Di Maria a desequilibrar pela esquerda e Rúben Amorim só teve de fazer o mais fácil. Estava consumado o terceiro dos encarnados e, com ele, aparentemente, o sossego final.
Tiero ainda reduziu, em cima do apito final, numa desconcentração da equipa que não soube posicionar-se num livre directo, deixando tudo em aberto para o final e o sofrimento apoderou-se dos corações encarnados ¿ até ao último suspiro! No final, a volta dos jogadores pelo relvado, para agradecer o fortíssimo apoio dos adeptos pareceu como que um prelúdio para a grande festa que está para chegar.
A equipa de Jesus chegou assim aos 70 golos esta época na Liga e, simultaneamente, aos 70 pontos na tabela classificativa. Com esta vitória, o F.C. Porto viu, definitivamente, confirmado pela frieza da matemática que já não conseguirá chegar ao pentacampeonato, mesmo antes de entrar em campo para defrontar o V. Guimarães.
Académica vs Benfica (LUSA/PAULO NOVAIS)

domingo, 18 de abril de 2010

Sp. Braga 3-1 Leixões

A equipa de Domingos não cede um milímetro na ambição e obriga o Benfica a estar nos limites. Semana após semana, vitória após vitória, o líder percebe cada vez melhor que não pode falhar. A ser campeão, não o será por falta de comparência.

Mérito do Braga, claro. Muito mérito de Domingos, aliás. A vitória sobre o Leixões foi limpinha, porventura escassa, demasiado perigosa até um certo ponto, mas limpinha, como se disse, e audaz na origem. Audaz na forma como o treinador pensa o jogo, na forma como o reinventa e reinventa também a equipa.
O recuo de Alan para uma posição ligeiramente mais atrasada, por exemplo, mudou tudo. O brasileiro parece ter maiores obrigações de cobertura e uma preocupação mais defensiva, mas é só teoricamente, porque na prática permite-lhe surgir esquivo na zona de finalização e criar situações de superioridade numérica.
Foi a partir daí aliás que esse mesmo Alan marcou dois golos à ponta-de-lança, sempre com o mesmo movimento rápido, a fugir às marcações no espaço entre o central e o lateral, para surpreender os adversários e criar mais uma alternativa de remate. Madrid e Filipe Oliveira colocaram-lhe a bola, o brasileiro fez a vitória.

É justo dizer que a boa exibição do Sp. Braga também foi provocada pela ausência de oposição. O Leixões é uma equipa frágil, muito frágil, sem talento para atacar, nem tão pouco ambições para o fazer com talento. Na primeira parte viveu da velocidade de Zé Manuel, na segunda das bolas longas para Pouga e João Paulo.
Pelo meio marcou um golo caído do céu aos trambolhões, numa saída em falso de Eduardo que permitiu a Pouga o desvio de sucesso. Por essa altura motivou-se e chegou a lançar algum receio em Braga. Nunca ameaçou verdadeiramente a vitória adversária, mas conseguiu lançar alguma apreensão na equipa bracarense.
Pelo menos durante umas dezenas de minutos. Moisés fez o terceiro golo e repôs a justiça mínima no resultado. O Sp. Braga foi sempre melhor, criou oportunidades de golos com uma cadência interessante, dominou completamente o jogo e ganhou com toda a naturalidade do mundo. Está aí para a luta. Até ao fim, claro.

Sp. Braga-Leixões

sábado, 17 de abril de 2010

Mourinho bate Juventus

Mourinho respirou fundo. O Inter venceu a Juventus (2-0) no Giuseppe Meazza, num jogo em que os golos só surgiram nos últimos quinze minutos. Sem Quaresma, que não fio convocado, a maior figura da partida foi Maicon: o lateral abriu o marcador com um golo fantástico, ele que fez o sexto golo na liga italiana.Já no período de descontos, Etoo fez o segundo e sentenciou a partida. Mourinho, no banco, festejou com um perceptível «toma» e recolheu aos balneários. A vitória foi bem mais difícil do que se julga. Só depois da expulsão de Sissokho, à meia-hora de jogo, é que o Inter pegou no jogo. A partir daí foi melhor, mas só marcou no fim. Ganhou e recuperou a liderança, enquanto espera pelo jogo da Roma.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Drogba de Barcelos trocou as voltas ao líder

O Gil Vicente perdia com o Beira Mar, em casa, e Paulo Alves preparava mentalmente o esquema para dar a volta ao jogo. No banco tinha opções como Cesinha, Bruno Madeira, João Martins ou Yago, mas, a meia hora do final do jogo o que se ouviu foi: «Zé! Anda!».

Franzino, mas felino, Zé Luís despiu o fato de treino, ouviu as últimas indicações do «mister» e entrou. Quinze minutos depois tinha marcado o primeiro golo com a camisola do Gil Vicente. E que golo, num golpe de cabeça perfeito. Diz quem o conhece que o jogo aéreo é mesmo um dos seus pontos fortes, mesmo não sendo muito alto. Compensa com uma capacidade de impulsão acima da média.
O encontro terminou empatado, o Beira-Mar tem a liderança em perigo e a culpa é de um menino que caminha a passos largos para deixar de ser aspirante e se tornar jogador. O modelo está identificado. «A minha referência é o Drogba. Revejo-me no seu estilo de jogo, é o meu ídolo.


Aos 19 anos cumpre o último ano de júnior, o primeiro em Portugal. O Gil Vicente descobriu-o na ilha do Fogo, em Cabo Verde, e Zé Luís nem pestanejou: «Cabo Verde é um país pobre e nem sempre aparecem estas oportunidades para jogar no estrangeiro. Apenas me disseram: queres? E claro, depois é aceitar, porque é um sonho jogar na Europa e vou trabalhar para isto até ao fim», assegurou.
O primeiro passo está dado com a estreia na Liga de Honra e logo a marcar. «Acabou por correr bem. A ideia era tentar fazer o que o treinador me pediu e consegui. Tive, também, muito apoio dos colegas. É verdade que quando entrei estava nervoso, acho que é normal. Depois à medida que se vai tocando na bola isso desaparece. Já passou, agora é pensar na próxima», afirmou.

Quando me propuseram assinar pensei: fixe!»
25 golos na I Divisão Nacional de juniores é um registo interessante. Se lhe somarmos o facto de a equipa gilista ter acabado por descer de divisão, o número parece, até, ganhar outra dimensão. Tudo isto, num ano que deveria ser de adaptação a um novo futebol e a uma nova realidade.
«Vim sozinho, deixei a família. No início foi difícil fazer amigos. A timidez atrapalha sempre, mas aos poucos a adaptação a Barcelos foi correndo melhor. Moro com mais dois amigos cabo-verdianos que vieram comigo para os juniores do Gil. Quando cheguei notei logo uma diferença grande também no futebol. Eu jogava nos seniores lá em Cabo Verde, mas o nível de exigência no campeonato de juniores aqui é muito maior. Nos seniores então...», comenta.
Zé Luís só agora vai treinando sistematicamente com a equipa principal, finda a época nos juniores. Mas o contrato de formação estava assinado há muito. «Fiz um jogo pelos juniores e fizeram-me uma proposta para assinar. Pensei logo: Fixe!, atira, entre sorrisos tímidos.
O objectivo, agora, é terminar bem a temporada e garantir uma vaga no plantel gilista no próximo ano. Depois, bem, depois logo se vê: Todos os jogadores gostavam de subir na carreira, mas, para ser sincero, não há nenhum clube em Portugal que eu aponte logo: era aqui que gostava de jogar. Vamos ver como correm as coisas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

F.C.Porto 4-0 Rio Ave

O F.C. Porto chega à final da Taça de Portugal, procurando conquistar o segundo título da época. O detentor do troféu defronta o pequeno D. Chaves, inflamado pelo sucesso na batalha Naval. O Rio Ave foi corrido da prova a pontapé, salvo seja. Belluschi, Guarín e Ruben Micael aqueceram a noite com três remates portentosos.

Falcao confirmou a goleada, à cabeçada (4-0). Os vila-condenses despedem-se com 1-7 na eliminatória. Mais um resultado pesado no registo de Carlos Brito. Para o F.C. Porto, sensação agridoce. Marcar tanto nunca serviu para tão pouco. Servirá de anúncio para um futuro melhor?
1GOAL: Educação para Todos. É este o mote de uma campanha global que pretende reunir 72 milhões de assinaturas para igual número de crianças que não têm acesso a ensino escolar. O F.C. Porto associou-se à louvável iniciativa desde o primeiro momento. Esta noite, Jesualdo Ferreira fez o mesmo.
O treinador dos dragões aproveitou a vantagem da primeira mão e complementou o processo educativo com uma aula prática. David Addy, por exemplo, teve o seu primeiro contacto com a relva do Estádio do Dragão. Verde, ainda verdinho, um corpo estranho à realidade competitiva entre os azuis e brancos. Bom pulmão, ainda assim. A rever.
O lateral ganês foi uma das novidades do onze. Ele, Beto, Fucile, Maicon, Belluschi, Valeri, Orlando Sá e Falcao. Mão cheia de alunos pouco utilizados no teste final do professor. Olhos postos no futuro do F.C. Porto, num momento de incerteza em torno do homem que comandará os destinos da equipa.


Uma obra de arte para 12 mil
Ao 21º minuto de jogo, se dúvidas houvesse, Fernando Belluschi trilhou o caminho do F.C. Porto para o Estádio do Jamor. O médio cobrou, de forma exemplar, um livre directo. Carlos, coberto pela barreira, não viu a bola partir nem esboçou reacção.
O Rio Ave entrara no Dragão de peito aberto, para uma missão quase impossível. A equipa de Carlos Brito desenhou alguns ataques, soltou ameaças e chegou a incomodar. O golo do F.C. Porto confirmou os piores receios vila-condenses.
Faltaram alunos na prova do professor. Jesualdo Ferreira apresentou a segunda linha perante 12 mil espectadores, sinal de fim de época pouco conseguida e eliminatória praticamente resolvida.
Para a festa da Taça de Portugal, este acaba por ser um desfecho interessante. Sobra um grande e um clube do segundo escalão. Golias e David no Jamor, D. Chaves a matar saudades dos grandes palcos frente ao F.C. Porto, detentor do troféu.


Cumprir calendário com goleada
Sensação de mero calendário por cumprir no Dragão, a partir da obra de arte de Belluschi.
Valeri ainda conquistou uma grande penalidade e pediu a Farías para sair da frente. O médio precisa desesperadamente de um revitalizador. O goleador respeitou a ordem estabelecida e cobrou o castigo máximo, para uma bela defesa de Carlos. Beto, do outro lado, responderia com um bom voo, após cabeceamento de Ricardo Chaves (39m). Tudo na mesma.
Na etapa complementar, a partida aqueceu com as entradas de Falcao, Hulk e Guarín. Vida nova. O médio, outrora mal-amado, marcou em meia dúzia de segundos. Substituiu Fernando, dominou a bola e disparou uma bomba, ao ângulo da baliza de Carlos (79 m).
Ruben Micael, após iniciativa de Hulk, também encheu o pé. Faltava o incontornável Falcao, primeiramente traído pelo poste, na conclusão de uma bela jogava individual. O colombiano faria a festa do golo num cabeceamento certeiro, a cruzamento de Valeri. Sim, Valeri, o tal que precisava de um revitalizador. Soube a pouco, mas foi o momento dele.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Naval 1 - 2 D. Chaves

Festa azul e vermelha na Figueira. Cheios de fé, as gentes do Marão vieram até à Figueira com a ilusão dessa final inédita no Jamor e foram recompensados. Depois de 120 minutos de sofrimento e de uma reviravolta no prolongamento, a equipa com menores índices de favoritismo, cheia de problemas a nível financeiro e a lutar para não descer à II Divisão B, acabou por vencer.

A Naval, que saiu na frente no marcador, anulando rapidamente a desvantagem trazida do norte, terá sido penalizada por ter esperado demasiado pelo adversário, não assumindo uma postura de ataque (apenas o fez até conseguir o golo) e foi penalizada quando as forças já faltavam de ambos os lados. Foi o quarto jogo da equipa verde e branca sem vencer, num claro momento de descompressão que acontece com o final de época, agora que o objectivo principal, a manutenção, foi atingido.


Os figueirenses deram logo cedo início ao plano explicado na véspera por Augusto Inácio. Era preciso pressionar o D. Chaves e marcar cedo, algo que os jogadores interpretaram na perfeição. Fábio Júnior até lhe deu um toque artístico, marcando com um remate de bicicleta simplesmente perfeito. Era o corolário lógico para um início de jogo em que só os figueirenses procuram o golo, com velocidade e determinação sobretudo por parte do trio da frente.
Anulada a vantagem transmontana, os donos da casa remeteram-se a uma toada mais cautelosa, permitindo ao adversário subir um pouco no terreno mas o atrevimento não chegou para muito. Apenas um remate, de ressaca, de Samson obrigou Inácio a levantar-se que nem uma mola do banco, essencialmente porque a defesa navalista facilitou. A estratégia passava por atrair o adversário por forma a tentar o segundo golo num contra-ataque mas os flavienses não foram na cantiga.
A segunda parte ainda trouxe menos risco de parte a parte, embora a equipa da casa assumisse, naturalmente, maior controlo de jogo e maior assédio à baliza de Rui Rego, mas já sem a chama dos primeiros minutos do encontro. Os donos da casa procuram o golo, sim, mas com cabeça para não serem surpreendidos pelo adversário que, caso marcasse, complicaria sobremaneira as contas da eliminatória.

Boas intenções, má concretização e... um erro fatal
Tulipa procurou reforçar o ataque, esgotando rapidamente as substituições, e o D. Chaves tornou-se mais veloz no último terço, mas faltava discernimento no momento de definir o toque final. Do outro lado, Fábio Júnior continuava a cheirar o segundo golo, mas ora por acção de Rui Rego, ora por culpas próprias, o brasileiro adiou o remate certeiro. E assim chegou o prolongamento.
A equipa de Tulipa começou o tempo extra com pé no acelerador e, num lance na área figueirense, Edu fica a reclamar grande penalidade. Vítor Silva dava outra velocidade e amplitude ao ataque, mas, lá está, faltava o resto. A Naval reforçava-se na frente e insistia, sem resultados práticos, porque os flavienses mostravam-se muito concentrados na defesa.
Mas foi justamente concentração que faltou a Camora, quando decidiu fazer aquele atraso para Peiser. Edu estava à espreita, roubou-lhe a bola, e soltou a alegria nas bancadas junto das gentes transmontanas que bem mereceram pelo apoio inexcedível ao longo de todo o jogo. A reviravolta no marcador, por obra do mesmo jogador, só serviu para lhe reforçar o estatuto de herói

Águias sofreram para voar

Teatro de sonhos na Luz, com o título cada vez mais real, depois da vitória do Benfica sobre o Sporting no 282º derby da história, com golos de Cardozo e Aimar. A pesada derrota em Liverpool não ensombrou o Benfica, o Sporting não se vingou da meia-final da Taça da Liga e, a quatro jornadas do final do campeonato, os encarnados lideram com seis pontos de vantagem sobre o Sp. Braga e podem encarar a meta com outra serenidade, mesmo a deslocação ao Dragão na penúltima ronda.

Óscar Cardozo, o homem-golo dos encarnados e da prova, assinou o 21º na presente edição, numa altura em que se linmitava a resistir em campo. O paraguaio, que sofreu uma falta de Grimi para castigo máximo, pouco antes do golo, aguentou e, aos 68 minutos, empurrou a equipa para a frente, concluindo um remate cruzado de Fábio Coentrão. Aimar, 11 minutos depois, carimbou a vitória com um grande golo, após desembaraçar-se de Grimi e Rui Patrício.
Sem Maxi Pereira, castigado, e Saviola, ainda limitado, o Benfica conseguiu recuperar «in extremis» o central Luisão, que já em pleno relvado da Luz realizou o derradeiro teste, com Sidnei de prevenção. David Luiz reocupou o lugar no eixo, depois da passagem pela esquerda em Liverpool, enquanto Carlos Martins deixou Aimar no banco. Éder Luís, uma «espécie» de Saviola, foi a (má) surpresa de Jesus para jogar ao lado de Cardozo.
Já Carlos Carvalhal reforçou o miolo defensivo com Pedro Mendes e Miguel Veloso, avançando João Pereira no terreno, que jogou à frente de Abel. Liedson foi o único homem destacado para a frente e a estratégia deu frutos, mas apenas na primeira parte.
Cinco cantos a favor do Sporting contra um do Benfica em 20 e pouco minutos reflectiam nesta fase inicial o muito que os leões conseguiam criar e as águias não foram capazes. Mais rápido, determinado e menos óbvio, o Sporting explorou o terreno contrário, aproximando-se com perigo da baliza de Quim e atacando ainda mais os nervos de um Benfica já de si pressionado, lento na resposta e perdulário onde não podia.
O primeiro sufoco deu-se logo aos dez minutos, na sequência de canto, com Quim a sair mal da baliza e Carriço a cabecear para fora. Um primeiro aviso de alguns que se seguiriam. Uma perda de bola de David Luiz nos minutos seguintes, quando tentava ganhar uma falta, podia ter resultado no pior, a seguir Javi García perdeu em zona proibida e João Pereira rematou ao lado do poste direito.
Com o futebol a diminuir e a tensão a crescer, sucederam-se as faltas e as paragens. Foram cinco minutos de alta voltagem até ao intervalo, com picardias pelo meio, empurrões dentro da pequena área, uma bola ao poste e dois «penalties» reclamados. João Ferreira esteve correcto na análise a todos.


Aimar para brilhar
Como da noite para o dia, assim foi a segunda parte. O Benfica trocou o apagado Éder Luís por Pablo Aimar. Ganhou o Benfica, ganhou o espectáculo, com as diferenças claramente em cima da mesa desde o minuto inicial. No Sporting, Pedro Mendes, que terminou a primeira parte em dificuldades, reentrou na partida.
O camisola 10 trouxe a dinâmica que faltava ao Benfica, a qualidade e a decisão. O reatamento iniciou com Fábio Coentrão a atirar uma bomba por cima da baliza de Rui Patrício, um aviso claro que esta segunda parte em nada seria como a primeira.
Luisão escapou a um vermelho directo por falta duríssima sobre Liedson, um primeiro erro que não morreria solteiro, aos 48 minutos, mas que por si só não justifica o resultado.
O Sporting da primeira parte nunca se encontrou na segunda e a prová-lo um único remate perigoso, por Abel, mas que Quim se encarregou de defender. O domínio total dos encarnados materializou-se em golos e na convicção de que este derby tinha de colocar a equipa mais perto do título.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Maxi López festeja...à galinha



Maxi López esteve em evidência no passado domingo com um golo em pleno Giuseppe Meazza, frente ao AC Milan. O avançado argentino, que chegou a estar nas cogitações do Benfica, marcou o primeiro golo do Catania, que acabou por empatar (2-2). Após o tento, Maxi celebrou efusivamente e, diga-se, com nota artística...

domingo, 11 de abril de 2010

Chelsea apura-se para final da Taça



O Chelsea apurou-se no sábado para a final da Taça de Inglaterra depois de bater o Aston Villa por 3-0. Os golos da partida foram apontados apenas na segunda parte, por Drogba, Malouda e Lampard.

Inter marca passo em Florença



O Inter deslocou-se ao Artemio Franchi, reduto da Fiorentina, para empatar 2-2. A formação de Florença marcou primeiro, através do ex-avançado do Benfica Keirrison, mas dois golos em sete minutos (por Milito e Eto'o) deram a vantagem aos milaneses. Vantagem desfeita segundos depois pelo cabeceamento de Koldrup. Com este empate, o Inter fica à mercê da Roma no topo da classificação.

Manchester Utd contrata prodígio mexicano

O Manchester United anunciou nesta quinta-feira que chegou a acordo para a contratação de Javier Hernandez. O avançado mexicano de 21 anos, actua no Chivas de Guadalajara, e é conhecido por «Chicharito» (veja alguns lances no final da página). O valor da transferência não foi divulgado.

A transferência está pendente dos exames médicos a realizar por Javier Hernandez e ainda da aquisição de uma licença de trabalho. Se esta for garantida, o mexicano ser+a jogador do United a partir de Julho de 2010.
No acordo entre o Man U e o Chivas está previsto um encontro entre os dois clubes, no México, numa partida que servirá de inauguração ao novo estádio do Chivas, com capacidade para 45 mil espectadores.
O treinador do Manchester Utd, Alex Ferguson, está satisfeito com o acordo por Javier Hernandez. «Estou muito contente por trazer este ponta-de-lança excitante, que tem estado a marcar golos quer pelo clube, quer pela selecção», disse o técnico escocês, citado pelo site do clube.
«Será um grande reforço para a equipa e estamos ansiosos por dar as boas-vindas ao nosso primeiro jogador mexicano», acrescentou Ferguson.

Urreta marca, é campeão do Uruguai e fica a torcer pelo Benfica

O Benfica está na frente da corrida para levantar o ceptro nacional. Na terça-feira, a formação encarnada procura dar um passo de gigante no clássico frente ao Sporting. Urretaviscaya, do outro lado do Atlântico, sorri com dupla felicidade.

O extremo rumou ao Uruguai por empréstimo, em Janeiro de 2010. Neste sábado à noite, com a camisola do histórico Peñarol, Urreta conquistou o Torneio Clausura do país sul-americano. Agora, fica a torcer pelo Benfica de Jorge Jesus.
No jogo decisivo, o jogador emprestado pelas águias assumiu papel decisivo. O Peñarol defrontou o Fenix, actual segundo classificado, e começou a perder. Martinuccio empatou e Urretaviscaya, logo após o intervalo, confirmou a reviravolta (1-2)! A três jornadas do final, tudo resolvido.


Jonathan Urretaviscaya fez apenas um jogo na Liga 2009/10, mas bastou. Os adeptos encarnados foram surpreendidos com a exibição do veloz uruguaio no clássico frente ao F.C. Porto, resolvido com um golo de Javier Saviola (1-0).
O seu destino, contudo, já estava traçado. A 20 de Dezembro, empolgou frente aos dragões. A 12 de Janeiro, viajava para representar o Peñarol, por cedência até final da época. O avançado, com apenas 20 anos, quis acumular minutos para sonhar com o Mundial de 2010.
No campeonato uruguaio, Urreta marcou um total de quatro golos, dois deles frente à anterior equipa, o River Plate de Montevideo



Real Madrid 0-2 Barcelona

No duelo entre os dois melhores do Mundo, Cristiano Ronaldo e Messi, o melhor no Santiago Bernabéu foi...Xavi. O Barcelona, sob a batuta do médio, foi sempre mais equipa do que o Real Madrid e descolou no topo da classificação com uma vitória inequívoca (2-0) com golos de Messi e Pedro. Os milionários merengues perdem terreno no único objectivo que lhes resta neste final de temporada e as bancadas voltaram a pedir a cabeça de Pellegrini.



Apesar dos olhos e as câmaras estarem concentrados nas individualidades, foi o colectivo que decidiu o clássico que já não é só de Espanha, mas de todo o planeta. Neste capítulo, o Barça foi sempre muito mais equipa, fazendo a bola circular com sentido, contra um Real Madrid que respondia com pontapés em profundidade à espera das arrancadas de Cristiano Ronaldo e Higuaín. A primeira parte, contra todas as expectativas, foi pouco emocionante, mas já a tornar evidente a superioridade táctica do Barça com Pep a surpreender ao colocar Daniel Alves no lado direito do meio-campo. Pellegrini também procurou inovar, com Van der Vart no lugar de Kaká, uma solução que nunca deu frutos.
O Barça ganhou vantagem aos 33 minutos numa rápida tabela entre Messi e Xavi, com o argentino a receber com o peito e a bater Casillas com um remate de pé direito. O Real Madrid tentou reagir, Cristiano Ronaldo teve uma oportunidade para testar o seu livre «Tomahawk» (acertou na barreira), mas foi o Barça que voltou a marcar, no início da segunda parte, com mais uma assistência de Xavi para Pedro concluir.
Não houve mais golos, mas a segunda parte teve mais qualidade, com o Barça sempre na mó de cima diante de uma Real cada vez mais descaracterizado. Messi contou com mais duas oportunidades soberanas, ambas a passes de Xavi, mas Casillas evitou uma vergonha maior. Pellegrini ainda lançou Guti, Raul e Benzema, Guardiola respondeu com Iniesta, mas pouco mudou no relvado.
O Barcelona passa a somar mais três pontos no topo da classificação, que na prática são quatro (o Barça também venceu no Camp Nou, por 1-0), quando faltam apenas sete jornadas para o final.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Messi 4 - 1 Arsenal


A mitologia grega conta a lenda de Midas, o homem que transformava em ouro tudo aquilo em que tocava. O seu sucessor dos tempos actuais parece morar em Barcelona. Lionel Messi, em 2009 galardoado pela FIFA como o melhor jogador do mundo, tem feito jus ao epíteto e continua a dar espectáculo atrás de espectáculo.
Depois dos «hat-tricks» recentes para a Liga espanhola, chegou a vez da Liga dos Campeões. E com bónus. Um «poker» a coroar uma exibição impressionante. Quatro golos, todos eles reveladores da extrema qualidade do argentino.
O primeiro acto decorreu na primeira parte. Aos 21 minutos, o argentino a quem todos gabam a classe, mostrou que também é capaz de abrir fendas com o uso da força. Remate portentoso à entrada da área, após um mau corte de Silvestre e Almunia estava batido. Aos 37, lembrou que é exímio a ler o jogo. Depois de desmarcar Keita na esquerda, foi à área aproveitar o mau corte da defesa do Arsenal e, oportunista, bisou. Fechou o turno aos 42, num lance onde, aí sim, veio ao de cima toda a classe que se lhe reconhece. Aproveitando o passe de cabeça de Keita, correu vários metros com a bola controlada e fez um chapéu perfeito a Almunia.
A inspiração de Messi veio em boa altura, diga-se. É que o Arsenal já estava em vantagem no marcador. Wenger havia prometido uma equipa lançada em busca de um golo madrugador. Na verdade, seja por mérito do Barcelona ou incompetência londrina, os ingleses nunca conseguiram assustar verdadeiramente os catalães, quanto mais sufocar. Mas não foi por isso que o desejado golo madrugador não apareceu. Milito facilitou, Diaby roubou-lhe a bola, deu para o «supersónico» Walcott e este assistiu Bendtner. O dinamarquês permitiu a defesa a Valdés no primeiro remate, mas, na recarga, não perdoou.
Depois...bem, depois houve o referido «show» de Messi. E esse vale o bilhete.




Pedro Rodriguez antes do «encore» argentino
Como é tradição, depois da tempestade, surge a calmaria. O «furacão» Messi não deixou pedra sobre pedra no Arsenal e o intervalo veio acalmar as hostes. O argentino esteve bem mais apagado no segundo tempo, prejudicado pelo futebol mais retraído da sua equipa. Quando Guardiola trocou Bojan por Touré a confirmação estava dada. Não há espaço para novo susto. A receita de Londres permitiu ao técnico espanhol encontrar a dose certa de conservadorismo. O resultado serve, é preciso segurá-lo.
E o Arsenal não conseguiu encontrar armas para combater o esquema catalão. Wenger lançou Eboué e Eduardo, mas os resultados não se vislumbraram. E a melhor oportunidade foi mesmo do Barcelona. Num lance parecido com o que deu a vitória ao F.C. Porto frente aos «gunners» nos oitavos-de-final, Messi cobrou rapidamente um livre e isolou Pedro Rodriguez. O «canterano» tentou o chapéu a Almunia, mas atirou ao lado.
Já com o público a gritar «Olés», extasiado por mais uma noite de sonho do Barcelona, surgiu o «encore» de Messi. Arrancou pelo centro, deu cabo dos rins a Eboué, enganou Vermaelen e, à segunda, bateu Almunia. Bonito final de festa.
O Barcelona continua na rota certa para a final de Madrid, onde se poderá tornar bi-campeão europeu. Segue-se José Mourinho e o Inter de Milão. Messi, esse, começa a esgotar os adjectivos. Para evitar repetições inúteis, um título que ganhou esta noite: é o melhor marcador da Liga dos Campeões, com oito golos, superando...Cristiano Ronaldo.

Naval 2 - 4 Benfica

O Benfica segue imparável na caminhada rumo ao título e voltou a repor, esta segunda-feira, a vantagem sobre o Sp. Braga em seis pontos. Depois de uma falsa partida, que permitiu à Naval chegar aos 10 minutos de jogo com dois golos de vantagem, a reacção encarnada foi fortíssima, bastando sete minutos para chegarem ao empatem, para, ainda antes do intervalo, darem por consumada a cambalhota no resultado. Há quase quatro meses (frente ao Olhanense) que o Benfica não sofria dois golos num jogo e a Naval foi a quarta equipa a conseguir esse feito.

Jorge Jesus prometeu mexer na equipa apenas em função de eventuais problemas físicos - com a excepção, óbvia, da troca de Júlio César por Quim - e, por isso mesmo, Luisão acabou mesmo por alinhar, depois de um teste decisivo no aquecimento. Assim sendo, a presença de Rúben Amorim no onze em detrimento de Ramires ou de Weldon em vez de Carlos Martins, para fazer companhia a Cardozo na frente, levando ao recuo de Aimar para o meio-campo, só podem ser entendidas como opção técnica.
Fosse como fosse, a equipa da Luz entrou muito mal na partida, desconcentrada e displicente, e a Naval, astuta a sair para o ataque em contra-ataque, aproveitou para se colocar em vantagem. Primeiro foi Fábio Júnior que explorou a hesitação de David Luiz e fez um golo de um ângulo proibido para Quim, pouco depois, numa jogada de novo com o brasileiro em destaque foi Bolívia quem finalizou perante o olhar incrédulo dos apaniguados encarnados que quase esgotaram a lotação do Municipal Bento Pessoa.


Weldon na viragem e poupanças para Liverpool
A reacção do Benfica não se fez esperar. Com Weldon a viver uma noite de inspiração - Jesus soube em por que o colocou de início -, o empate chegou num espaço de sete minutos, com o brasileiro a assinar os dois golos depois de a Naval ter sido completamente encostada às cordas. O ritmo abrandou um pouco mas os líderes do Campeonato mantiveram sempre a baliza de Peiser debaixo de mira, pelo que foi com grande naturalidade que a reviravolta foi consumada pelo pé esquerdo de Di Maria. Missão cumprida, ainda antes do intervalo.
O quarto golo, de Cardozo, permitiu ao técnico dos encarnados colocar em marcha finalmente o plano de poupanças para Liverpool. Weldon saiu esgotado e a coxear, dando lugar a Carlos Martins, seguindo-se Pablo Aimar, rendido por Ramires. Mais tarde, Fábio Coentrão foi descansar para entrar Sidnei. Numa postura essencialmente de gestão, o Benfica ainda ameaçou o quinto golo, numa bola à trave, num livre de Carlos Martins, para, pouco depois, Cardozo também ter ficado próximo de bisar na partida. Agora sim, a águia já pode virar atenções para Anfield Road.

sábado, 3 de abril de 2010

Estilo a mais e jeito a menos, no pior livre directo do ano

Bida (Vitória Bahia) fez má figura diante do Náutico


Estilo irrepreensível, concretização deplorável. Assim se resume um livre directo marcado por Bida, médio do Vitória da Bahia, frente ao Náutico.

O estilo é de Roberto Carlos, ainda que Bida remate de pé direito. Passos curtos a iniciar a marcha, e depois aceleração para a bola. A famosa «táctica dos três dedos», que para quem não sabe significa rematar com três dedos mais exteriores do pé. O problema é que o remate foi tudo menos isso. Aliás, Bida deve ter rematado com a parte interior do pé, e não com a exterior. O livre directo acabou por transformar-se em lançamento lateral.

Veja o vídeo:

Chelsea vence o jogo do título

O Chelsea foi até Old Trafford bater o Manchester United por 2-1 e destronou os "red devils" da liderança da Premier League. Os "blues", agora com mais 2 pontos que o rival deste sábado, venceram justamente com golos de Joe Cole, de calcanhar, e de Drogba, este em claro fora-de-jogo. Macheda, após assistência de Nani, ainda reduziu mas o tento foi insuficiente.



sexta-feira, 2 de abril de 2010

Saiba quem é o craque do futuro para Zidane

Antigo jogador aposta em Eden Hazard e contratava-o «de olhos fechados»


Zinedine Zidane já pensa no futuro. O ex-jogador do Real Madrid e assessor de Florentino Pérez disse em entrevista ao jornal «Marca» que, para si, a próxima estrela do futebol mundial é Eden Hazard, a jovem promessa belga que joga no Lille. E como pensa no futuro, Zidane já aconselhou ao Real a contratação do médio.

«Levaria Hazard para o Real de olhos fechados», comentou o francês, em entrevista à «Marca». Para Zizou, Hazard encaixar-se-ia na perfeição no clube «merengue».
Hazard renovou há pouco tempo o seu contrato com o Lille até 2014. Um pormenor importante para a realização dos desejos do antigo craque francês.

Veja alguns momentos de Eden Hazard

BENFICA NA FRENTE DA ELIMINATÓRIA


Uma noite europeia a fazer lembrar as velhas jornadas de glória continental do Benfica, presenciada por mais de 62.000 vibrantes espectadores, que criaram uma atmosfera perfeitamente à altura de um jogo tão importante. Com a Europa de olhos postos nesta batalha de velhos conhecidos, as duas equipas ofereceram um espectáculo de grande intensidade e de grande espectacularidade.
Jorge Jesus apostou em Aimar para o lugar de Saviola, lesionado, e manteve a configuração da equipa nos restantes postos. Os primeiros instantes da partida foram algo indefinidos, com o Benfica claramente a tentar colocar-se em cima do adversário, mas um pouco a testar o adversário para perceber como o fazer. Não deu tempo o Liverpool, que aos nove minutos aproveitou a passividade da defesa benfiquista para abrir o activo, na sequência de um livre cobrado por Steven Gerrard e concluído por Agger.
O Benfica após o golo sofrido, partiu para cima do adversário com tudo, asfixiando quase por completo os ingleses. Criou imensas oportunidades, com Cardozo à cabeça no capítulo dos falhanços, com lances capitais que desaproveitou. O caudal ofensivo do Benfica claramente fez mossa na defesa do Liverpool, que cedia por todos os lados. Infelizmente, a finalização esteve desastrosa, e o Benfica saiu para o intervalo em desvantagem, após ter criado lances claros de golo que dariam para ir para intervalo já a golear.
A segunda parte nesse aspecto foi diferente. Com o Liverpool a jogar reduzido a 10 elementos por expulsão de Babel ainda na primeira parte, a equipa inglesa procurou fechar os caminhos da sua baliza tanto quanto possível, e ter fé em Fernando Torres. Em abono da verdade, essa estratégia não surtiu grande efeito, visto que o Benfica continuou a carregar sobre o Liverpool, e continuava a encontrar espaços para jogar. Mesmo sem Saviola, Aimar foi conseguindo abrir espaços no meio campo adversário, estando em destaque juntamente com Fábio Coentrão e Di Maria que do lado esquerdo deram água pela barba aos ingleses.
Foi com inteira justiça que Cardozo cobrou a grande penalidade que repôs o empate, sendo pouco depois atingido incrivelmente na grande área, sem que o árbitro marcasse o que quer que fosse. Foi aliás mais uma arbitragem sem nível num jogo europeu, algo infelizmente já demasiado comum nas competições europeias deste ano. Houve ainda um segundo lance no mínimo duvidoso, quando um jogador do Liverpool intercepta um remate de Carlos Martins com a mão, dentro da grande área. Finalmente lá viu o árbitro nova mão dentro de área, com nova grande penalidade a beneficiar o Benfica, e novamente concretizada superiormente por Cardozo.
Antes do 2-1, Fernando Torres teve nos pés um golo certo que, a meu ver, poderia sentenciar até a eliminatória. Felizmente a finalização foi muito deficiente, e permitiu ao Benfica somar um triunfo mais que merecido, e que só peca por escasso, tamanho o número de oportunidades desperdiçadas durante os noventa minutos.
Jesus durante o jogo foi mexendo na equipa, e esteve a meu ver bem ao tirar Carlos Martins de jogo, hoje muito apagado, muito trapalhão e com consecutivas perdas de bola. Mas esteve mal ao lançar Nuno Gomes (para o lugar de Maxi), sobretudo quando Kardec se tem mostrado muito efectivo sempre que entra em campo. O 21 entrou sem fulgor, fazendo pouco mais do que segurar a bola em três ou quatro lances, e falhando um passe clamoroso à entrada da área adversária que permitiu o contra-ataque já referido desperdiçado por Fernando Torres.
Ruben Amorim também entrou com o pé esquerdo, mas encarrilou rapidamente para emprestar à equipa a sua habitual solidez exibicional. Airton entrou numa fase já de alguma contenção, após a obtenção do 2º golo. Curioso como Javi jogou praticamente como um 3º central depois da saída de Maxi, jogando nessa fase Ramires e Coentrão como dois alas puros, bem abertos, e claramente dirigidos à área adversária. O espanhol fez aliás um jogo fantástico, e foi sem dúvida ele o pilar desta saborosa vitória. Em grande estilo, sempre seguro nas acções defensivas e na imediata transição para o ataque.
De negativo hoje, destacaria uma exibição pouco conseguida de Maxi Pereira, algo desconcentrado a ocupar os espaços em situação defensiva. Carlos Martins teve uma noite para esquecer, e também Nuno Gomes como já referido nada acrescentou à equipa. Destacaria a presença de Luisão, sempre imperial a defender e a dar claramente o mote para David Luiz arrancar uma segunda parte estrondosa depois de um primeiro tempo muito hesitante e nervoso. Aliás, os dois centrais foram amarelados na primeira parte, e aguentaram muito bem essa limitação até ao final.
Ramires e Di Maria fizeram os dois uma exibição semelhante, nunca se mostrando muito exuberantes, mas os dois sempre muito presentes nas acções ofensivas que o Benfica com sucesso ia construindo. O argentino aliás arrancou algumas jogadas de enorme perigo, uma das quais resultou na marcação da segunda grande penalidade. Aimar fez uma bela exibição, mais activo sobretudo no segundo tempo em que a equipa do Liverpool quis fechar mais os caminhos. A capacidade de transporte de bola que Aimar evidenciou foi crucial nesse período, e permitiu arranjar espaços para os colegas. Cardozo teve nova noite não, que nem os dois penalties convertidos apagam. Está muito pouco confiante nas situações de finalização... com a quantidade de jogo que lhe chega bem dentro da área adversária, tinha obrigação de fazer mais e melhor.
Está tudo em aberto para a segunda mão, mas o Benfica por muito que tenha sofrido um golo em casa, vai a Liverpool com uma vantagem real na eliminatória. Será preciso cabeça e estofo para enfrentar o ambiente dificil de Anfield Road. Quanto aos argumentos técnicos e tácticos, já ninguém duvida que o Benfica pelo menos iguala o seu adversário. Vai ser certamente um grande jogo, e esperamos que com um desfecho favorável ao nosso clube.
E assim passou mais uma grande noite europeia. Aconteça o que acontecer doravante, o prestígio e o respeito pelo Benfica na Europa são de novo uma realidade. Só por isso já valeu a pena!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Cúmulo do azar: com 11 mil no estádio, acertou com a bola na mãe!

Jogador de basebol com pontaria incrível


Denard Span, jogador americano de basebol, foi protagonista de um momento que deixou de boca aberta todos quanto o presenciaram.

A sua equipa, os Minnesota Twins, enfrentava os New York Yankees. O estádio contava com 11 mil espectadores. Entre eles, Wanda Wilson, mãe de Denard Span, que, usando uma camisola da equipa, iria levar uma recordação inesperada para casa.
Wanda estava sentada junto à terceira base. Span, a dada altura, conseguiu bater uma bola para aquela zona. Esta voou, voou e embateu em Wanda. Na própria mãe.
«À medida que via a bola a afastar-se percebi que ela ia bater na minha mãe. Quando vi que ela caiu, não conseguiu fazer mais nada que não ir ter com ela. O que me magoou mais foi vê-la a chorar», assegurou Span, no final do encontro.
Wanda Wilson teve de receber tratamento hospitalar mas do incidente não resultou qualquer dano grave. Apenas uma estória para mais tarde contar. E, provavelmente, ninguém acreditar.